A indústria automobilística e a moda sempre andaram de mãos dadas. Quando Henry Ford, o pai da linha de montagem, decidiu que o primeiro ?carro poderia ser de qualquer cor desde que fosse preto?, esse naco da economia logo percebeu a importância da aparência dos veículos. Hoje, mais de um século depois dos passos iniciais, as montadoras transformaram-se em celeiros de designers. Atraem as tendências que nascem nas ruas mas também ajudam a disseminá-las. A nova febre, nesse casamento, é a contratação de estilistas para assinar os automóveis. O italiano Giorgio Armani desenhou uma série limitada da Mercedes CLK com painel e acessórios que levam o logo de sua marca. O brasileiro Ocimar Versolato emprestou seu nome para a Citroën lançar o modelo C3 com sua assinatura. Os bancos, os tapetes e som do carro são personalizados.

A mais recente desenhista a entrar nesse negócio é Carolina Adriana Herrera, filha e sucessora de Carolina Herrera. Ela desenvolveu o Lexus SC430CH, elegante máquina que será lançada em agosto, no torneio Sotogrande de pólo, na Espanha. Para desenvolver o automóvel, Carolina consumiu sete meses estudando cada detalhe do Lexus. O produto final é um luxuoso conversível com uma tonalidade avermelhada na carroceria e no seu interior. Os acessórios também levam o toque e o logotipo CH. O preço do carro ainda não foi definido, mas o objetivo da montadora com a criação do modelo é, além de vender, alavancar a imagem da marca. Associar o Lexus, um carro que atinge 250 km/h, à Carolina Herrera, um nome considerado sinônimo de estilo, é a tacada perfeita. É como adicionar doses femininas de potência aos 286 cavalos do rapidíssimo motor.