20/12/2024 - 7:44
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Brasília nesta quinta-feira, 19, após ser liberado pelos médicos do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O primeiro compromisso oficial do petista depois da internação será a reunião ministerial prevista para hoje.
O evento foi formatado para ser menos desgastante do que uma reunião ministerial normal. Será no Palácio da Alvorada e não no Palácio do Planalto, como ocorre normalmente.
Aliados do presidente estão céticos quanto à possibilidade de o chefe do Executivo realmente desacelerar suas atividades. O petista voltou à capital federal depois de passar dez dias em São Paulo tratando um sangramento intracraniano.
Lula ficou internado da noite do dia 9 até o domingo passado, dia 15. Quando teve alta do Sírio-Libanês, disse que poderia trabalhar normalmente, mas que teria de “ficar pelo menos uns 60 dias tranquilo”. Ele não poderá, por exemplo, fazer viagens internacionais.
Ao longo dos últimos dias, o Estadão/Broadcast ouviu diversos aliados do presidente, que afirmaram, reservadamente, ter dúvidas sobre a capacidade do petista de desacelerar sua rotina. A avaliação é de que Lula, hoje com 79 anos, é naturalmente agitado. Ele gosta de acompanhar de perto o trabalho dos principais ministérios e os programas de governo que lhe são mais caros, incluindo participação em atos públicos.
Um fator que poderá pesar a favor de um alívio na rotina do petista é a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. Ela costuma aconselhá-lo a cuidar melhor da saúde. É uma das pessoas a quem o presidente mais ouve. Além disso, as primeiras declarações do petista depois do incidente mostram que o caso o deixou assustado.
Tomografia
Lula passou por uma tomografia na manhã de ontem em São Paulo. O resultado foi considerado satisfatório e os médicos liberaram o presidente para a viagem a Brasília.
Setores do governo chegaram a fazer preparativos para Lula participar de ato com catadores de material reciclável ma capital paulista. No fim, o petista não participou do evento.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.