14/06/2024 - 10:42
Os líderes do G7 prometeram nesta sexta-feira, 14, combater o que chamaram de práticas comerciais injustas da China. De acordo com uma declaração preliminar feita no último dia de sua cúpula anual, medidas do país asiático estão prejudicando seus trabalhadores e indústrias.
O G7 também alertou sobre ações contra instituições financeiras chinesas que ajudaram a Rússia a obter armamentos para sua guerra contra a Ucrânia.
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Os líderes de Itália, Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha e Japão discutiram nesta sexta-feira preocupações em torno do excesso de capacidade industrial da China, que os governos ocidentais dizem estar distorcendo os mercados locais.
O esboço da declaração, segundo a Reuters, enfatizou que o G7 não tenta prejudicar a China ou impedir seu desenvolvimento econômico, mas que “continuará a tomar medidas para proteger nossas empresas de práticas injustas, para nivelar o campo de atuação e remediar os danos contínuos”.
Nesta semana, os EUA impuseram novas sanções às empresas chinesas que fornecem semicondutores para a Rússia, em meio a preocupações com a postura cada vez mais agressiva de Pequim em relação a Taiwan e a conflitos com as Filipinas sobre reivindicações marítimas rivais.
“A China não está fornecendo armas (para a Rússia), mas sim a capacidade de produzir essas armas e a tecnologia disponível para fazê-lo, portanto, está de fato ajudando a Rússia”, disse o presidente dos EUA, Joe Biden, a repórteres na cúpula na quinta-feira, 13, depois de assinar um pacto de segurança bilateral com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy.
Durante o primeiro dia de sua reunião no sul da Itália, as nações do G7 fecharam um acordo para fornecer 50 bilhões de dólares em empréstimos para a Ucrânia, apoiados por juros de ativos russos congelados.
No esboço, os líderes do G7 também prometeram sanções contra entidades que ajudaram a Rússia a contornar as sanções sobre seu petróleo, transportando-o de forma fraudulenta.