Os principais líderes do Senado dos Estados Unidos disseram neste domingo (30) que estão perto de um acordo bipartidário sobre um projeto de lei de sanções que “esmagaria” a economia da Rússia em caso de invasão à Ucrânia.

O senador democrata Bob Menéndez, presidente da Comissão de Relações Exteriores, assinalou que é crucial que os Estados Unidos enviem uma mensagem clara ao presidente russo, Vladimir Putin, de que qualquer agressão seria inaceitável.

“Putin não vai parar com a Ucrânia”, afirmou o senador na emissora CNN, ao acrescentar que o projeto de lei está praticamente pronto.

Menéndez se apresentou junto com o republicano de mais alto nível na Comissão de Relações Exteriores, o senador James Risch, um sinal de coesão entre os dois partidos sobre o tema.

“Será extremamente doloroso”, disse Risch. “Isto não é igual à Crimeia”, quando as tropas russas invadiram e anexaram a península ucraniana em 2014, acrescentou. “Há uma oposição substancialmente maior em todo o mundo”, frisou o republicano.

A Rússia mantém cerca de 100.000 soldados concentrados na fronteira com a Ucrânia, em um aparente prenúncio de invasão, e os esforços diplomáticos para resolver a crise continuam em curso.

Neste domingo, enquanto as conversas prosseguiam em diversas capitais, a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas enfatizou que uma solução diplomática ainda é possível.

Em diálogos com todas as partes, “deixamos claro que estamos preparados para abordar nossas preocupações, as preocupações da Ucrânia e as preocupações da Rússia na mesa diplomática”, afirmou a embaixadora Linda Thomas-Greenfield. “Mas isso não será possível dentro do campo de batalha”, acrescentou.