O executivo português Miguel Setas, presidente da empresa de energia EDP Brasil, enxergou nos postos de recarga de carros elétricos a chance de marcar a companhia como pioneira no setor. Na semana passada, em parceria com a montadora BMW e a rede Ipiranga, a EDP lançou o maior corredor de postos de carregamento na América Latina. “Temos seis postos ao longo dos 430 quilômetros da Dutra que ligam São Paulo ao Rio de Janeiro”, diz Setas. O investimento de R$ 1 milhão no projeto, dividido com a BMW, é uma gota no oceano da EDP, que faturou R$ 18 bilhões e anotou um lucro líquido de R$ 611 milhões em 2017. “Esta é uma iniciativa que tem um simbolismo muito grande. A gente sabe que o futuro é descarbonizado.”

 

De olho em oportunidades

Com uma operação focada nos Estados de Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo, a EDP Brasil, que atua na geração, comercialização e distribuição de energia e atende mais de 3,4 milhões de clientes, não pretende entrar na disputa pelas distribuidoras que serão vendidas pela Eletrobras. “Não estão no perfil de investimentos que buscamos”, diz Setas. E prossegue. “Estamos nas regiões eleitas pela Endeavor como as de melhores ambientes para se fazer negócio no Brasil.” O executivo, entretanto, diz que está avaliando outros ativos no mercado.

(Nota publicada na Edição 1079 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Gabriel Baldocchi e Márcio Kroehn)