14/05/2020 - 12:15
A linha de crédito para financiar salários de funcionários de pequenas e médias empresas na crise alcançou até agora R$ 1,438 bilhão. A modalidade foi acionada por 61,678 mil empresas e beneficiou mais de um milhão de trabalhadores, conforme dados divulgados na apresentação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, feita em reunião com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, organizada pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
O volume, que mostra a demanda até o dia 11 de maio, cresceu em relação à divulgação anterior. Na semana passada, o BC informou que apenas R$ 413,450 milhões do programa haviam sido contratados.
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Já havia uma expectativa de aumento na liberação de recursos por conta do pagamento da folha de abril, feito na semana passada. Isso porque o programa foi liberado dias após as empresas terem feito o pagamento dos salários de março.
No entanto, o volume contratado ainda está bem abaixo do orçamento. Quando anunciou a linha, batizada de Pese, o BC informou que o programa com um orçamento previsto de R$ 40 bilhões deveria beneficiar 1,4 milhão de empresas e um total de 12,2 milhões de trabalhadores. Do total, 85% dos recursos vêm do Tesouro Nacional e o restante dos bancos repassadores.
Dois movimentos podem ajudar a elevar a demanda pela linha, que tem ficado aquém do esperado com as empresas preferindo não tomar crédito e terem a liberdade de demitirem se necessário.
Na semana passada, foi aprovada proposta de emenda à Constituição (PEC) do Orçamento de Guerra, aprovada na quarta-feira no Congresso, que retira o impedimento para empresas devedoras da União acessarem os recursos. Além disso, o Banco Central deve anunciar a extensão da modalidade para empresas com faturamento anual até R$ 50 milhões. O prazo, de financiar a folha de dois salários mínimos por funcionário, também deve ser ampliado em um ou dois meses.