06/10/2025 - 12:40
A ultima atualização do Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à escravidão, conhecido como “Lista Suja”, teve um aumento de 20% em relação a anterior. Foram incluídos 159 empregadores, sendo 101 pessoas físicas e 58 pessoas jurídicas.
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Os estados com maior número de novos empregadores na lista foram Minas Gerais (33), São Paulo (19), Mato Grosso do Sul (13) e Bahia (12). Em relação às atividades econômicas, há mais novos casos na criação de bovinos para corte (20 casos), seguido por serviços domésticos (15), cultivo de café (9) e a construção civil (8).
No total, 691 empregadores aparecem listados. Confira todos os nomes na íntegra neste link.
Como funciona a lista suja do trabalho análogo à escravidão
Criada em 2003, a lista suja é atualizada semestralmente com empregadores envolvidos em casos revelados pelas diversas frentes de investigação do poder público: Auditoria Fiscal do Trabalho (AFT), Polícia Federal (PF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU) e, eventualmente, outras forças policiais.
A inclusão na lista ocorre apenas após a conclusão de processos administrativos, com direito de defesa dos acusados. Os empregadores permanecem listados por um período de dois anos, após o qual são retirados caso não haja reincidência.
A nova atualização trouxe assim a exclusão de 184 empregadores que já haviam completado dois anos.
Como denunciar
Denúncias de trabalho análogo à escravidão podem ser feitas de forma remota, online e sigilosa por meio do Sistema Ipê, lançado em 15 de maio de 2020 pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
