Integrada, Gustavo Loyola, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad (PT), do Planejamento, Simone Tebet (MDB) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) devem ter feito uma leitura das atas do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Por isso, segundo imagina Loyola, é que Haddad e Simone Tebet estão tão comprometidos com o desenho de um arcabouço fiscal para ser posto em vigência o mais rápido possível.

“Para mim, eles fizeram uma leitura do que o BC vem dizendo há muito tempo nas atas. O que o BC faz nas atas, mesmo antes do governo Lula, é chamar a atenção para os problemas fiscais. Sempre disse que é preciso ter uma âncora fiscal, que medidas de ajuste são necessárias e o próprio Roberto Campos Neto presidente do BC tem dito isso”, disse Loyola.

Por isso o seu entendimento de que a expectativa de Haddad e Simone Tebet é a de que “esse gesto fiscal, que viria sob o nome de novo arcabouço fiscal, vai levar o BC a dar uma resposta baixando juros”.

“Se isso não acontecer, a situação entre o BC e o governo vai ficar mais tensa. Mas eu acho que é com isso que eles estão contando, e que é isso que também deve estar por trás da cabeça do Arthur Lira”, previu Loyola.