A fabricante de alimentos M. Dias Branco apresentou lucro líquido de R$ 124,7 milhões no terceiro trimestre deste ano. O resultado é 51,9% menor na comparação com igual período de 2023, quando a empresa reportou lucro líquido de R$ 259 milhões, informou a companhia na sexta-feira, 8, depois do fechamento do mercado financeiro.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) atingiu R$ 228,9 milhões, recuo de 48,1% frente aos R$ 440,7 milhões do terceiro trimestre do ano anterior. A margem Ebitda ficou em 9,5%, ante 16,1% de um ano antes, queda de 6,6 pontos porcentuais em um ano. A alavancagem da empresa (relação entre dívida líquida e Ebitda) ficou em zero, ante 0,3 vez negativa reportada em igual período de 2023.

Já a receita líquida cedeu 12,1% na mesma base comparativa, alcançando R$ 2,404 bilhões, ante R$ 2,735 bilhões do terceiro trimestre de 2023. O recuo de 6,6% no preço médio dos produtos na comparação anual do período combinado com a queda de 6,9% no volume comercializado pesaram sobre a receita da companhia.

A M. Dias informou que a partir deste trimestre não irá mais desmembrar a receita líquida entre regiões de ataque, defesa e exterior. Agora, a empresa dividirá a divulgação da receita em grupos de categorias: produtos principais (biscoitos, massas e margarinas), moagem e refino de óleos (farinhas, farelo e gorduras industriais) e adjacências (bolos, snacks, misturas para bolos, torradas, saudáveis, molhos e temperos).

No último trimestre, a receita líquida de produtos principais da empresa cedeu 13,7%, para R$ 1,860 bilhão. A receita líquida do segmento de moagem e refino de óleos recuou 12,4%, para R$ 419,1 milhões. Já o segmento de adjacências teve receita líquida 22,7% superior, para R$ 124,7 milhões.

A empresa destacou, em comunicado a investidores, que a retração dos volumes e do preço médio contribuiu para a diminuição da receita líquida. A M. Dias afirmou que nos principais segmentos enfrentou “um cenário competitivo intenso, com varejistas reduzindo os níveis dos estoques, volatilidade das commodities e desvalorização do real”.

“Adicionalmente, nos últimos meses, por questões que já estão sendo ajustadas internamente, não chegamos a uma formação adequada de preço, volume e margens. As ações corretivas em curso, bem como outras que poderão ser iniciadas ao longo dos próximos meses, serão comunicadas oportunamente, inclusive para obtenção de ganhos de eficiência e produtividade”, justificou a empresa.