O Banco do Brasil encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões, uma alta de 8,3% ante o mesmo período de 2023. Em relação ao segundo trimestre, o resultado cresceu 0,1%.

A carteira crédito cresceu 13% em um ano, tingindo o saldo de R$ 1,2 trilhão. O resultado foi puxado pelos segmentos de pessoa jurídica (empresas) e agronegócio, cujas operações cresceram 13,5% e 13,7% em 12 meses, respectivamente. Cerca de um terço da carteira do BB é destinada ao agronegócio, segmento que historicamente tem inadimplência mais baixa.

No final de setembro, a taxa de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) da carteira de empréstimos do banco era de 3,3%, com alta de 0,53 ponto porcentual em um ano, e de 0,33 ponto em três meses.

As despesas do BB com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PCLD), as provisões contra a inadimplência, atingiram R$ 10,08 bilhões, com crescimento de 29,2% no trimestre, e de 34,2% em 12 meses. Segundo o banco, que participou da capitalização da Americanas, que transformou dívidas em ações, a alta nas provisões teve efeito de “resolução de caso de cliente em recuperação judicial que impactou as linhas de recuperação de crédito e imparidade”.

Com isso, a rentabilidade do BB, medida pelo retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) ficou em 21,1% no trimestre, uma queda de 0,14 ponto porcentual na comparação anual, e de 0,46 ponto em três meses.

As receitas com prestação de serviços (tarifas) foi de R$ 9,09 bilhões, alta de 4,9% em um ano, impulsionada pela gestão de fundos, que somou R$ 2,45 bilhões, alta de 14,2% na comparação anual.

O BB fechou setembro com R$ 2,47 trilhões em ativos, aumento de 9,8% em um ano. O patrimônio líquido atingiu R$ 187,4 bilhões, alta de 9,9%.