15/05/2015 - 20:00
O Banco do Brasil, presidido por Alexandre Abreu, divulgou, na quinta-feira 14, um aumento de 24,2% nos lucros ajustados no primeiro trimestre, em relação a 2014. O banco lucrou R$ 3,02 bilhões, desconsiderando-se o ganho não-recorrente de R$ 8,1 bilhões pela criação da Cateno, joint venture com a processadora de pagamentos Cielo. Com isso, a rentabilidade patrimonial ajustada do banco foi de 14,5% no primeiro trimestre. Considerando-se os ganhos com a Cateno, o lucro cresceu 117% e a rentabilidade patrimonial foi de 29,2%. A inadimplência para atrasos superiores a 90 dias cresceu levemente, para 2,05% dos empréstimos, ante 1,97%, em 2014. “Tivemos um pequeno aumento na inadimplência no começo do ano, mas isso é sazonal”, diz José Maurício Pereira Coelho, vice-presidente de Finanças do BB, que não detalhou o impacto das investigações da Lava Jato na qualidade de empréstimos do BB. Mesmo assim, por via das dúvidas, o BB se preparou para um aumento do calote. As provisões para devedores duvidosos cresceram 43,3% ante 2014. Thiago Batista, analista do Itaú BBA, avaliou em relatório que a alta das provisões ofuscou o ganho com aumento das margens do BB nas operações de crédito. Na quinta-feira 14, as ações do BB caíram 3,56%, realizando parte dos lucros de 16% no ano.
Bancos
Banrisul blindado
Inadimplência e pedidos de recuperação judicial fizeram o Banrisul aumentar suas provisões em 106% no primeiro trimestre. “Houve um agravamento das condições macroeconômicas”, diz o diretor Ricardo Hin-gel. O banco lucrou R$ 147 milhões, alta de 6,6%.
Touro x Urso
Após um começo animado, a Bolsa perdeu fôlego na primeira quinzena de maio devido à retração dos investidores internacionais, que retiraram US$ 2,85 bilhões do País nos dez primeiros dias do mês. Com isso, o Índice Bovespa retrocedeu aos níveis do fim de abril.
Telecomunicações
Lucro da Telefônica cai 12,3%
O lucro líquido da Telefônica Brasil, detentora da marca Vivo, recuou 12,3% no primeiro trimestre, para R$ 579,7 milhões. O resultado é decorrente do aumento das despesas financeiras, que compensaram a alta de 4,3% da receita líquida, para R$ 8,98 bilhões, melhor variação para o período dos últimos três anos. Na terça-feira 12, a empresa aprovou a convocação de assembleia para ratificar a compra da GVT. Para financiar a aquisição, a Telefônica captou R$ 16,1 bilhões por meio da oferta de ações no Brasil e no exterior.
Bolsas
BM&F e S&P lançam índices
Na terça-feira 12, a BM&FBovespa e a S&P Dow Jones lançaram índices desenvolvidos em parceria para medir o desempenho das ações no mercado doméstico, de acordo com a exposição a diferentes fatores de risco. O objetivo é aumentar o volume de operações e a receita da bolsa. No ano, as ações da BM&FBovespa sobem 23%.
Papéis Avulsos
Elétricas à luz do lucro
A luz no fim do túnel das elétricas finalmente se acendeu. No primeiro trimestre, a Eletropaulo lucrou R$ 46,8 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 183,5 milhões obtido no mesmo período do ano anterior. Os motivos são a adoção das bandeiras tarifárias e o reajuste implementado em março. A receita líquida subiu 40,3% para R$ 3,16 bilhões. No ano até quarta-feira 13, as ações da Eletropaulo subiram 63,6%. No caso da Light, apesar de o lucro de R$ 128 milhões ter caído ante os R$ 180,5 milhões de 2014, o resultado ficou acima das expectativas de mercado. Lucas Marins, analista da Ativa Corretora, avalia que o segmento de distribuição teve números fortes, puxados pelo aumento das tarifas durante os últimos 12 meses. No ano, as ações subiram 8,3%. No caso da AES Tietê, a queda dos lucros para R$ 200 milhões em 2015 ante R$ 358 milhões em 2014 já era esperada devido às secas, mas a empresa está lucrando com a venda de energia no mercado à vista. As ações PN caíram 1,7% no ano.
Mercado em números
ALL
R$ 233,8 milhões - Foi o prejuízo da companhia no primeiro trimestre, revertendo o lucro de R$ 3,16 milhões, obtido no mesmo período do ano passado.
Vigor
R$ 29,5 milhões – Foi o lucro líquido no primeiro trimestre, 11,4% superior ao registrado no mesmo período de 2014. Já a receita líquida da empresa somou R$ 1,07 bilhão, avanço de 5,8%.
Banco Pine
1.000.000 - É o máximo de ações preferenciais que poderão ser recompradas pelo banco até 1 de maio do ano que vem. No primeiro trimestre, o banco viu o seu lucro encolher 70% para R$ 10 milhões.
Par Corretora
51% - É a participação da Caixa Econômica Federal na corretora de seguros que recebeu registro de companhia aberta da CVM, na terça-feira 12. O órgão regulador ainda analisa o pedido para oferta pública de ações da empresa.
Sênior SolutionS
8% - Foi o aumento do lucro da empresa de softwares para o setor financeiro no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2014