11/11/2025 - 9:57
O BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina, reportou nesta terça-feira, 11, resultado acima das previsões de analistas para o terceiro trimestre do ano, marcado por lucro e receitas recordes, além de melhora em rentabilidade.
O lucro líquido ajustado saltou 41,5% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 4,5 bilhões, com as receitas totais crescendo 36,8% no período, para R$ 8,8 bilhões. Estimativas compiladas pela LSEG apontavam lucro de R$ 4,02 bilhões e receita de R$ 8,08 bilhões para o trimestre.
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“O BTG Pactual continua nos surpreendendo e reportou mais um resultado excepcional”, afirmaram analistas do JPMorgan em relatório enviado a clientes.
O retorno ajustado anualizado sobre o patrimônio líquido médio alcançou 28,1%, de 27,1% no trimestre anterior e 23,5% um ano antes.
Na visão de analistas do Citi, mesmo diante de uma base de comparação elevada no início do ano, a sinalização de uma possível expansão do ROE em 2025 parece bastante factível.
“Com dois trimestres consecutivos registrando rentabilidade acima de 27%, os resultados do BTG elevam o patamar e demonstram que o perfil de lucratividade do banco continua a melhorar de maneira consistente e diversificada”, afirmou a equipe liderada por Gustavo Schroden em relatório a clientes.
Posição competitiva sólida
O balanço também mostrou forte expansão nas franquias de clientes ano a ano, com as áreas de Wealth Management & Personal Banking, Asset Management e Corporate Lending registrando receitas recordes de R$ 1,37 bilhão (+35,7%), R$ 747,5 milhões (+23,3% a/a) e R$ 2,15 bilhões (+25,8%), respectivamente.
No período, as áreas de fundos geridos e administração fiduciária registraram captações líquidas de R$ 33,5 bilhões, segundo o BTG, elevando os ativos sob gestão e administração (AuM/AuA) para R$ 1,15 trilhão, de R$ 1,09 trilhão no segundo trimestre e R$ 970 bilhões no mesmo período de 2024.
A divisão de Sales & Trading também alcançou um novo recorde, com R$ 1,94 bilhão (+16%), enquanto o risco de mercado (VaR) médio subiu para 0,30%, “refletindo a capacidade do banco de aproveitar oportunidades de mercado, dentro do apetite de risco e abaixo das médias históricas”.
A área de Investment Banking registrou receita de R$ 643 milhões, expansão de 69,2% ano a ano, o que o BTG relacionou a um volume recorde de operações em dívida corporativa (DCM) e à forte atuação em fusões e aquisições (M&A). Na base trimestral, porém, houve queda de 17,8%.
“O banco tem conseguido não apenas diversificar suas fontes de receita ao longo do tempo, mas também manter um ritmo consistente de crescimento, com alavancagem operacional e, de forma importante, alocando capital em novas oportunidades”, afirmaram analistas do Citi em relatório a clientes.
“Apesar de as condições de mercado não serem ideais, vemos o BTG ainda com boas perspectivas de crescimento e uma posição competitiva sólida. A capacidade do banco de gerar e acumular capital de forma orgânica deve continuar favorecendo suas perspectivas de expansão e sua abordagem oportunista.”
As despesas operacionais cresceram 30% ano a ano e 3% no trimestre, para R$ 3,37 bilhões, mas o índice de eficiência do banco melhorou para 34%, de 36% um ano antes e no segundo trimestre de 2025.
Crédito
A carteira de crédito total alcançou R$ 246,9 bilhões, representando crescimento de 3,8% no trimestre e de 17,4%. A carteira de pequenas e médias empresas atingiu R$29 bilhões, com expansão de 1,1% no trimestre e de 13% ano a ano.
“Apesar do crescimento mais moderado no crédito para PMEs, seguimos avançando na evolução da nossa plataforma de Business Banking, ampliando o portfólio de produtos e serviços — incluindo o lançamento do BTG Pay”, afirmou o banco no material de divulgação do balanço.
