18/10/2022 - 17:16
O lucro líquido do grupo financeiro americano Goldman Sachs despencou 44% no terceiro trimestre com base no mesmo período do ano passado, puxado pelo sistema de bancos de investimentos, mas graças à sua atividade de corretagem acabou registrando resultados melhores do que o esperado.
No terceiro trimestre, o lucro líquido do grupo situou-se em 2,96 bilhões de dólares. Por ação, o critério de referência em Wall Street, o lucro foi de 8,25 dólares, acima dos 7,69 dólares previstos pelos analistas.
Enquanto isso, o faturamento caiu 12% a 11,98 bilhões de dólares, mas também se situou acima das previsões.
O diretor-executivo do banco, David Solomon, confirmou que o grupo antecipa uma reestruturação, ao se referir a um “reajuste” de suas atividades no boletim de resultados.
Estas mudanças significam reunir em uma única divisão banqueiros de negócios e traders.
O Goldman Sachs ficará, assim, dividido em três unidades: uma para gestão de ativos e fortunas; outra para assessoria e banco para grandes empresas e mercados financeiros, e a terceira para suas plataformas online.
O objetivo do grupo é aumentar as comissões por gestão de ativos e fortuna, menos dependentes dos vai-e-vens econômicos que as atividades de compra e venda de valores nos mercados ou o banco de negócios.
O banco aumentou suas provisões de dinheiro para se proteger de eventuais calotes, de forma a levar em conta o crescimento de sua carteira, exposta aos consumidores ou o “impacto contínuo das preocupações com as perspectivas econômicas”.
“Há que esperar mais volatilidade no futuro”, antecipou Solomon em diálogo com a emissora CNBC. “Isto não significa com certeza que teremos um cenário econômico realmente difícil. Mas, em termos de probabilidades, há boas chances de que tenhamos uma recessão nos Estados Unidos”, acrescentou.
O Goldman Sachs foi o único grande banco americano a publicar resultados. Todo o setor viu cair seu lucro líquido, mas, em geral, teve resultados melhores do que o previsto.