08/05/2017 - 12:26
O IRB Brasil Re, que avalia abrir seu capital em bolsa, teve lucro líquido ajustado de R$ 224,9 milhões de janeiro a março, expansão de 12,8% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com números divulgados no balanço da BB Seguridade. Em relação aos três meses imediatamente anteriores, teve queda de 39,0%.
O desempenho no comparativo anual é justificado, conforme informa a holding em relatório que acompanha suas demonstrações financeira, pela melhora do índice de sinistralidade, parcialmente compensada pelo aumento no índice de despesas gerais e administrativas.
No primeiro trimestre, o IRB emitiu R$ 1,172 bilhão em prêmios de resseguro, cifra 19,35% maior que em um ano. Na comparação com os três meses anteriores, o aumento foi de 21,45%.
O IRB encerrou março com R$ 13,776 bilhões em ativos totais, redução de 2,4% em um ano e aumento de 1,1% ante dezembro. O patrimônio líquido somou R$ 3,091 bilhões, alta de 6,6% e retração de 7,1%, respectivamente. O retorno sobre o patrimônio líquido da operação de resseguros (RSPL) foi a 28,0% no primeiro trimestre contra 26,0% um ano antes e 45,7% no trimestre anterior.
O índice de sinistralidade da BB Seguridade foi a 39,3% ao término de março, queda de 51,8 pontos porcentuais em relação ao indicador visto um ano antes, de 91,0%. Em relação a dezembro, foi vista piora de 1,7 p.p. no indicador.
Como consequência, o índice combinado, que mede sua eficiência operacional, foi a 87,2% no primeiro trimestre, melhora de 4,2 p.p. em um ano, mas piora de 15,0 p.p. no comparativo trimestral. Neste caso, quanto menor, melhor. Acima de 100% indica prejuízo da operação.
A BB Seguridade possui 20,43% do IRB, Bradesco Seguros outros 20,43% e Itaú, 15%. Os bancos formam, junto com a União – que possui 27% do ressegurador – o bloco de controle da instituição.
O IRB tem até o ano que vem para se listar na bolsa brasileira no âmbito do seu processo de desestatização, que completa cinco anos em 2018. No ano passado, adiou seus planos de fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) após não encontrar uma janela favorável e ainda falta de consenso entre seus acionistas em termos de preço.