A Cielo, maior credenciadora do País, divulgou, na noite de terça-feira 28, que o volume financeiro transacionado em 2013 atingiu R$ 448,7 bilhões, o que representa uma alta de 17,1% em relação a 2012. Com isso, a receita líquida da companhia chegou a R$ 6,7 bilhões, avanço de 25%, e o lucro líquido alcançou R$ 2,6 bilhões ante os R$ 2,3 bilhões registrados no ano anterior. 

No quarto trimestre, a receita operacional líquida foi de R$ 1,9 bilhão, aumento de 14,7% em relação ao mesmo período de 2012. Segundo a Cielo, esse avanço foi consequência do aumento do volume financeiro capturado. No período, a credenciadora capturou 1,4 bilhão de transações, o que representa R$ 131,6 bilhões em volume financeiro. Deste total, R$ 79,5 bilhões foram de cartões de crédito e R$ 52,1 bilhões, de débito. O impacto da consolidação da Merchant e-Solutions, que até então era o principal fator na variação das receitas na comparação anual, deixa de ser o mais relevante, já que, agora, faz parte da base de comparação.

A companhia informou ainda que alterou a forma de contabilizar as receitas de comissão decorrentes de vendas parceladas com cartão. Agora, o faturamento passa a ser reconhecido na data da captura. 

 

A base instalada das maquininhas (POS) teve crescimento de 6%, mas o custo dos serviços prestados aumentou mais do que isso. No quarto trimestre, teve uma alta de R$119,3 milhões, ou 19,6%, para R$727,1 milhões. Deste total, R$50,1 milhões referem-se aos custos relacionados aos serviços de logística, processamento e principalmente manutenção e ativação de terminais, devido à troca de aparelhos por novos, aumento dos equipamentos de tecnologia ?wireless?, atualização das versões dos terminais e aquisição de insumos de terminais. Outros R$35 milhões referem-se ao acréscimo dos ?fees? pagos às bandeiras dado o aumento do volume de transações, enquanto o restante deve-se ao aumento nos custos de depreciações e amortizações. 

 

Além disso, as despesas operacionais aumentaram R$48,3 milhões, ou 18,2%, para R$313,5 milhões com destaque para as despesas de pessoal, que apresentaram um salto de 32,2%, ou R$18,5 milhões, para R$75,8 milhões. Essa variação decorre, principalmente, do aumento do quadro de funcionários da companhia e de suas controladas e do reajuste nos salários definido pelo acordo com o sindicato.