A seguradora japonesa Tokio Marine prevê redução de 14,7% no seu lucro líquido no Brasil em 2016, para R$ 145 milhões, na comparação com o ano anterior, quando ficou em R$ 170 milhões, como reflexo do impacto do aumento da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL), de acordo com o presidente da companhia, José Adalberto Ferrara. “O aumento da CSLL come todo o aumento de produção que teremos neste ano”, afirmou ele, durante evento na manhã desta quarta-feira, 16.

Em relação aos prêmios de seguros, Ferrara disse que a Tokio Marine projeta crescimento de cerca de 13%, para R$ 4,3 bilhões, em 2016 em relação ao exercício anterior após um avanço de 17% no ano passado ante 2014. A desaceleração, conforme ele, já era esperada diante do pano de fundo econômico do País.

“Tivemos uma queda forte na produção de automóvel, queda nas vendas de veículos, no varejo, empresas entrando em recuperação judicial e forte redução de investimentos por parte do governo e da iniciativa privada que afeta o setor que operamos, de grandes riscos, fora o pior de todos os indicadores que é o aumento do desemprego, chegando a dois dígitos na maior parte dos Estados”, avaliou o executivo.

A Tokio Marine espera encerrar 2016 com índice combinado, que mede a eficiência operacional das seguradoras, em 99,4%, levemente acima dos 99,3% vistos no ano passado. Neste caso, quanto menor, melhor. Acima dos 100%, indica prejuízo da operação.

A filial Brasil é a terceira maior da operação internacional da companhia. No ano passado, a Tokio Marine entrou para o consórcio responsável pelo seguro da Petrobras, formado pela Ace (líder) e a espanhola Mapfre (que tem parceria com o Banco do Brasil).