29/11/2024 - 17:04
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, indicou os três nomes para cadeiras na diretoria do Banco Central (BC).
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Conforme divulgado pela autarquia nesta sexta-feira, 29, Lula encaminhará na próxima semana oficialmente a mensagem ao Senado Federal com a indicação dos novos diretores do Banco Central.
Uma das indicações, vale destacar, é para a cadeira de Gabriel Galípolo, que é o atual diretor de política monetária do BC e foi indicado para ser o próximo presidente da autarquia.
Galípolo assumirá o cargo em janeiro de 2025, assumindo o posto de Roberto Campos Neto.
Os indicados são:
- Izabela Correa, na vaga de Carolina de Assis Barros
- Gilneu Vivan, na vaga de Otávio Damaso
- Nilton David, na vaga de Gabriel Galípolo
Correa, se aprovada, ficará com a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, ao passo que Vivan ficará com a diretoria de Regulação.
Caso as indicações sejam aprovadas pelo Senado Federal ainda neste ano, os indicados de Lula passarão a exercer os cargos já a partir de 1° de janeiro de 2025.
Com essas indicações para o Banco Central, a autarquia passa a ter maioria indicada pelo atual governo.
Os novos indicados, conforme as regras, terão mandatos de quatro anos e poderão ser reconduzidos por mais quatro anos pela presidência da República.
Nomes cumprem promessa de Haddad de indicação feminina
A indicação de Izabela Correa cumpre uma promessa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que em meados de outubro afirmou que o governo tem preocupação com a questão de gênero no Banco Central nas indicações.
“Temos, sim, essa preocupação com a questão de gênero no BC, e o Galípolo ficou, de ato contínuo à sabatina, levar ao presidente Lula alguns nomes, uma vez que é ele que indica ao Senado para que esses nomes sejam sabatinados”, disse Haddad, em entrevista após a sabatina de Galípolo no Senado, em outubro.
Currículo dos indicados ao Banco Central
Izabela Moreira Correa é servidora do Banco Central do Brasil desde 2006 e a atual Secretária de Integridade Pública da Controladoria-Geral da União. Foi pesquisadora de pós-doutorado na Escola de Governo da Universidade de Oxford e possui doutorado em Governo pela London School of Economics and Political Science (2017).
Além disso, é mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e graduada em administração pública pela Escola de Governo da Fundação João Pinheiro.
O indicado Gilneu Francisco Astolfi Vivan é servidor do Banco Central do Brasil desde 1994, atualmente é chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor). É mestre e bacharel em Economia pela Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Até o início de 2024, atuou como chefe do Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro Nacional. Também representou o Brasil em diversos grupos internacionais, tais como Analytical Group on Vulnerabilities, do Financial Stability Board, responsável por avaliar as ameaças ao sistema financeiro mundial.
O outro indicado para a diretoria do Banco Central, Nilton José Schneider David é chefe de Operações Tesouraria do Banco Bradesco. Tem grande experiência no mercado financeiro, tendo trabalhado em diversas instituições no Brasil e no exterior. É graduado em Engenharia de Produção pela Escola de Engenharia Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).