Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) – O general da reserva Marcos Antonio Amaro será o novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional, disseram a Reuters fontes do governo.

O convite formal foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Amaro em um encontro na manhã deste quarta-feira, antes de um almoço de Lula com o alto comando do Exército.

+Zelenskiy nega ataque a Moscou e promete iniciar contra-ofensiva

Amaro foi por cinco anos chefe da segurança presidencial da ex-presidente Dilma Rousseff e mantém uma relação próxima com ela. Sua indicação conserva o GSI na mão dos militares, como preferia o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e é uma derrota para a ala do governo que pretendia desmilitarizar o órgão.

O general da reserva assume o GSI no lugar de outro general da reserva, Marcos Gonçalves Dias — esse amigo pessoal de Lula –, que pediu demissão depois da revelação de imagens da invasão do terceiro andar do Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro. Segundo fontes do Planalto, o general — que aparece em alguns trechos dos vídeos — havia informado o presidente que essas imagens não existiam.

As imagens mostravam ainda outros membros do GSI ajudando invasores no dia 8. Ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, eles ainda estavam lotados no órgão na data da invasão.

Depois da demissão de Gonçalves Dias, Lula nomeou Ricardo Cappelli, até então secretário-executivo do Ministério da Justiça, como ministro interino e o incumbiu de fazer uma “limpeza” no órgão. Quase 90 militares lotados no GSI foram demitidos nesse período.

tagreuters.com2023binary_LYNXMPEJ420SJ-BASEIMAGE