26/10/2025 - 9:46
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o “protecionismo de países ricos” e pediu uma aliança dos países do Sul Global, em uma cúpula empresarial de países do Sudeste Asiático.
“Não podemos aceitar o fim do multilateralismo. Nós não podemos aceitar a ideia do protecionismo”, declarou Lula no fórum organizado no âmbito da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) na capital da Malásia.
+ Terras raras: o Brasil está pronto para ser protagonista no jogo global?
Lula, que na segunda-feira completa 80 anos, advertiu que, se os países do Sul Global não se unirem, “sofreremos com o protecionismo de países ricos ao mesmo tempo em que somos pressionados a abrir mercados”.
“Enquanto outros apostam na rivalidade e na competição, nós escolhemos a parceria e a cooperação”, afirmou o mandatário brasileiro, em uma aparente referência às tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em meio a uma guerra comercial que tem atingido, em diferentes graus, quase todo o mundo.
Insistiu, ainda, que “quanto mais liberdade para fazer negócio, e quanto mais multilateralismo, mais a gente vai ter, enquanto países, chances de crescer”.
Lula também citou a cúpula climática COP30, que será realizada em novembro em Belém do Pará, e alertou que o mundo caminha para um aumento de temperatura superior a 2°C.
“A comunidade internacional não pode chegar à COP30 para decretar a morte do Acordo de Paris”, de 2015, que estabeleceu os compromissos para reduzir as emissões que causam o aquecimento global.
Para Lula, é possível “sair da COP30 com novas ideias para responder a esse desafio de forma mais efetiva do que temos feito”.
