11/02/2025 - 13:44
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a parceria entre o governo federal e os prefeitos independentemente de posições ideológicas, ao discursar na abertura do Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, nesta terça-feira, 11, em Brasília.
Na ocasião, ele afirmou que não discriminará prefeitos que não são do PT ou que não tenham votado em sua candidatura ao Palácio do Planalto. “Não haverá, em hipótese alguma, de um banco como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o BNB ou o BNDES, deixar de atender interesses de um governador, os interesses de uma cidade, por questão ideológica”, declarou.
Na sequência, Lula fez uma referência implícita à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que, segundo ele, não recebia os governadores e prefeitos da oposição.
“Nós sabemos que, no Brasil, isso sempre aconteceu, nós sabemos como a oposição era tratada neste País, e não faz muito tempo. Muitos governadores passaram quatro anos no governo e não foram recebidos pelo presidente da República, e muito menos o presidente da República visitou as cidades para conversar com o prefeito”, afirmou.
O presidente também afirmou que quer estabelecer “uma relação altamente civilizada” com os prefeitos. “Voltei a governar este País com a única responsabilidade de provar mais uma vez que este País tende a ser altamente desenvolvido, e ele só será desenvolvido se a cidade for desenvolvida”, declarou. “Não há Estado rico com cidade pobre. É preciso que haja compartilhamento das coisas entre o governo federal e o governo municipal”.
Lula também brincou: “Eu atendo tanto os prefeitos que o Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, além de pegar dinheiro todo dia, ele quer que eu devolva ao Rio a capital do País. Aí não é possível, porque a Bahia reivindicou, porque já foi capital primeiro do que o Rio”.
O evento teve a participação dos presidentes do Congresso Nacional, de ministros, governadores, presidentes de bancos públicos, entidades municipalistas e demais autoridades. Na ocasião, representantes de municípios reivindicaram um redesenho do pacto federativo, a criação de programas sociais para municípios pequenos com emendas parlamentares e a aprovação de uma proposta que institui novo parcelamento para o pagamento de dívidas municipais.