(Reuters) – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira que, se vencer o segundo turno da eleição presidencial no domingo, seu ministro da Economia será alguém que tenha responsabilidade fiscal, mas também responsabilidade social.

Em entrevista a um grupo de emissoras de rádios, Lula também afirmou que, em eventual terceiro mandato, o titular da pasta da Economia será alguém que tenha “muita inteligência política”.

+ Campanha de Lula planeja guinada verde na reforma tributária, com Cide ambiental na mesa

+ Em Minas, Lula tem 45% dos votos totais e Bolsonaro, 40%, diz Genial/Quaest

+ Lula e Bolsonaro vão ao Rio de Janeiro se preparar para debate

“O meu ministro da Economia será o perfil de um cara que tenha muita inteligência política, será uma pessoa que tenha muito compromisso social. É uma pessoa que tem que pensar na responsabilidade fiscal, mas tem que pensar também na responsabilidade social”, disse o petista durante a entrevista.

Lula tem sido pressionado a dar mais detalhes de seu plano econômico e agentes do mercado financeiro têm cobrado que ele anuncie quem seria seu ministro da Economia em caso de vitória, o que seria uma sinalização sobre o que pretende fazer na área econômica. O petista, que lidera as pesquisas de intenção de voto, descartou anunciar ministros antes da eleição.

Em outra entrevista a uma emissora de rádio nesta semana, o petista voltou a se recusar a dizer quem comandaria a Economia em um eventual novo governo seu, ao mesmo tempo que disse que a responsabilidade fiscal é parte de sua concepção de governo.

Na entrevista desta quinta, Lula também comentou a acusação sem provas feitas pelo presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) de irregularidades nas inserções de rádio de sua campanha, classificando a entrevista dada pelo adversário na véspera como demonstração de “desespero”.

O petista também disse que “não pode ser sério” quem discute a possibilidade de adiar o segundo turno da eleição por causa dessas alegadas irregularidades e afirmou que essa discussão não é aceitável.

(Por Eduardo Simões)

tagreuters.com2022binary_LYNXMPEI9Q0IL-BASEIMAGE