O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta segunda-feira, 13, que pretende ir ao Rio Grande do Sul na quarta-feira, 15, para anunciar medidas de auxílio a pessoas afetadas pelas enchentes no Estado. Ele deu a declaração em cerimônia de anúncio da suspensão da dívida do Rio Grande do Sul.

Lula estava acompanhado dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa, e de autoridades como os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), participava remotamente.

“Eu estava com a intenção de ir ao Rio Grande do Sul amanhã, mas a pedido do ministro Haddad e do ministro Rui Costa, nós vamos nos preparar porque amanhã eu quero anunciar uma série de medidas para as pessoas físicas”, disse o presidente da República.

Essas medidas seriam recursos para ajudar as pessoas a repor bens que perderam por causa das cheias. “Pretendo na quarta-feira ir ao Rio Grande do Sul para, junto com você Eduardo Leite, anunciar as medidas que nós vamos tomar para ajudar as pessoas físicas”, declarou Lula.

Ele disse que seu governo não vai descansar enquanto o Estado não estiver “100% de pé”.

O presidente da República afirmou que convocou uma reunião extraordinária ainda para esta segunda-feira de seu governo para discutir a situação do Estado. De acordo com Lula, será discutido o que a gestão federal pode fazer em relação aos abrigos. Ele disse que a ideia é trabalhar junto das autoridades estaduais que cuidam do assunto.

Lula disse que Eduardo Leite não deve deixar de reivindicar o que ele achar necessário para ajudar o Rio Grande do Sul. Também afirmou que, se não tomar cuidado, perderá o ministro Paulo Pimenta (Secom) para o Estado – Pimenta é gaúcho, tem ido ao Rio Grande do Sul com frequência desde que as enchentes começaram e tem o nome especulado para disputar eleições majoritárias no Estado em 2026.

Lula também destacou que as enchentes foram uma catástrofe para a qual não havia preparação e que o último anúncio relacionado à calamidade só vai ser feito quando estiver “festejando” a recuperação do Rio Grande do Sul.

Arcabouço jurídico

Haddad afirmou que está sendo construído com “arcabouço jurídico” para que o governo federal tome as decisões “na exata dimensão” dos problemas do Rio Grande do Sul. Segundo o ministro da Fazenda, o foco da gestão Lula 3 é fazer medidas preparatórias para entrarem em ação quando as águas baixarem nos municípios gaúchos.

“Tudo o que puder ser feito hoje como medida preparatória, estamos fazendo para que, quando as águas baixarem e as obras estiverem contratadas, isso aconteça o mais rápido possível”, disse Haddad.

De acordo com Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer anunciar, até quarta-feira, 15, medidas para as famílias gaúchas. Haddad, contudo, acrescentou que não pode antecipar o que o chefe do Executivo ainda está tomando conhecimento, em relação às medidas.