20/02/2025 - 11:00
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que o governo fará uma reunião com atacadistas para avaliar como reduzir os preços dos alimentos, e afirmou que em breve anunciará a “maior política de crédito já feita nesse pais”.
Em entrevista à rádio Tupi FM, do Rio de Janeiro, ele ressaltou que, em um cenário de câmbio desvalorizado, os produtores não podem cobrar no mercado doméstico os mesmos preços adotadas nas exportações.
O presidente disse desejar que o Brasil continue exportando produtos alimentícios, mas que é preciso trabalhar para que não faltem alimentos dentro do país.
“Vamos ter que fazer uma reunião com os atacadistas para ver como a gente pode trazer isso para baixo. Porque o fato de estar vendendo produto em dólar, que está alto, não significa que você pode botar o preço para o brasileiro o mesmo que você exporta”, disse Lula.
Lula disse ainda que em 2024 o Brasil enfrentou diversos problemas climáticos, com seca extrema no Norte e Centro-Oeste e muita chuva no Sul, o que afetou a safra brasileiro. Da mesma forma, afirmou, alguns países tiveram problemas de safra, o que fez alguns produtos ficarem mais escassos.
“Obviamente, quando temos momentos como esse que a gente está vivendo não se pode controlar do dia para a noite”, afirmou.
Lula afirmou ainda que em breve anunciará “três políticas de crédito para favorecer o pequeno empreendedor, o médio empreendedor, o pequeno empresário”.
Classificando a medida como a “maior política de crédito já feita nesse país”, ele disse que o objetivo é fazer com que o país cresça.
“O dinheiro tem que circular, circular na mão do povo trabalhador, na mão povo mais humilde, da classe média e do pequeno empreendedor. O dinheiro circulando vai gerar crescimento, desenvolvimento, mais emprego e mais salário”, disse ele.
Lula foi também questionado sobre o déficit das contas públicas, e voltou a dizer que os gastos do governo estão sob controle.
“Se tem uma pessoa que quer cuidar do déficit fiscal zero sou eu, mas a gente não vai ser irresponsável de fazer o povo pobre se sacrificar”, afirmou.