08/04/2022 - 13:29
A vantagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) se deve principalmente à fatia do eleitorado correspondente às mulheres, nordestinos e famílias de baixa renda, segundo a edição de abril da pesquisa Genial/Quaest. Nesses recortes, a distância entre o petista e o chefe do Executivo é acentuada, mas ambos chegam a empatar em outros.
De acordo com o levantamento, Lula tem 47% da preferência entre as mulheres, e Bolsonaro, 25%. A vantagem cai consideravelmente entre os eleitores masculinos: 43% preferem o ex-presidente, enquanto Bolsonaro aparece com 38%.
O mesmo se observa ao comparar os resultados em diferentes níveis de escolaridade. Entre aqueles que possuem ensino superior incompleto ou mais, o ex-presidente tem 37% das intenções de voto; Bolsonaro, 36%. O petista ganha com folga expressiva entre quem tem até o ensino fundamental: 61% contra 20%.
Ambos os adversários empatam em 36% entre os eleitores cuja renda familiar mensal é superior a cinco salários mínimos, segundo a pesquisa. Mas o petista tem 32 pontos de vantagem entre os mais pobres, que ganham até dois salários mínimos, e vence o atual presidente por 56% a 24%.
Nas regiões do País, Bolsonaro vence por uma pequena margem no Norte (41% a 31%) e no Sul (44% a 32%). Perde, também por pouco, no Sudeste (34% contra 41%) e Centro-Oeste (31% contra 42%). Mas é derrotado de forma expressiva no Nordeste, onde Lula tem 64%, e ele, 18%.
Nem Lula, nem Bolsonaro
O porcentual de eleitores que diz preferir “nem Lula, nem Bolsonaro” caiu 6 pontos de março para abril. Era de 25%, passou a 19%. O período coincide com a saída de Sérgio Moro da relação de presidenciáveis. A pré-candidatura do ex-juiz ficou incerta quando ele decidiu sair do Podemos e migrar para o União Brasil.
O pré-candidato João Doria (PSDB), um dos principais nomes que se apresentam pelo âmbito da “terceira via”, é o mais rejeitado entre todos os presidenciáveis, com 63% de reprovação. Bolsonaro vem logo em seguida, com 61% de rejeição. Ciro Gomes (PDT) tem 58%, e Lula, 42%. Segundo a pesquisa, 80% dos entrevistados disseram não conhecer Simone Tebet (MDB), indicando que a senadora possui margem para crescer se for escolhida como candidata da terceira via.
O levantamento entrevistou 2 mil pessoas entre os dias 1º e 3 de abril. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos. O protocolo de registro na Justiça Eleitoral é BR-00372/2022.