O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu, em cerimônia com agentes de saúde na tarde desta sexta-feira, 20, que a categoria continue a levar ao governo reivindicações da classe. Lula dedicou parte da agenda desta semana a eventos com entidades que representam trabalhadores.

“Eu digo que a sociedade, os movimentos sociais nunca podem ficar quietos e calados, deixando de cobrar da gente. Quando as pessoas deixam de cobrar, a gente pensa que está tudo resolvido, que está agradando”, disse o presidente da República, em discurso durante cerimônia de sanção do Projeto de Lei nº 1802/2019, que passa a considerar os agentes comunitários de saúde e de combate a endemias como profissionais de saúde, regulamentando as categorias.

A legislação permite que o agente de saúde acumule dois cargos públicos, desde que haja compatibilidade de horários e se observe o teto remuneratório constitucional.

Na quarta, 18, o presidente se reuniu com representantes de entidades sindicais e assinou despacho para criação de um Grupo de Trabalho que vai formular, em até 90 dias, uma política de valorização do salário mínimo.

Ao reconhecer o trabalho dos profissionais, o chefe do Executivo criticou o ex-adversário na disputa presidencial de 2022, ex-senador e ex-ministro da Saúde José Serra (PSDB) por, segundo ele, tratar a categoria como insignificante. “O Serra achava que mata-mosquito (apelido popular para agentes de saúde) era insignificante porque nunca morou em morro, em lugar que tinha mosquito”, afirmou.

Durante discurso, Lula agradeceu ao Congresso Nacional pela aprovação do projeto. “A luta é quem faz a lei; sem luta, a gente não conquista nada”, declarou. O presidente também agradeceu o presidente nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS/CUT), presente no evento.