O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta terça-feira (22) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “tem compromisso com a pauta do meio ambiente” e que isso é um ativo importante para as relações comerciais com outros países.

Pacheco elogiou a conduta do governo federal e disse que o Brasil “tem toda condição de ser uma potência mundial se priorizar a economia verde”.

“Quero reconhecer que o governo Lula tem esse compromisso com a pauta do meio ambiente e considero ativo importante para restabelecer relações”, afirmou o presidente do Senado.

Pacheco citou, ainda, propostas da pauta ambiental que estão em tramitação no Senado, como os projetos de lei do marco temporal das terras indígenas, dos defensivos agrícolas e do licenciamento ambiental.

Segundo Pacheco, o “Senado teve muita responsabilidade com tudo que se referisse à questão ambiental”.

“Concordamos que o licenciamento tem de ser moderno. Não temos nada contra um licenciamento ágil, mas tem que ser eficiente, mas não pode ser frágil, além de ser ruim para o meio ambiente, ainda prejudicar nossas relações mundo afora”, afirmou.

Sobre os defensivos agrícolas e a regularização fundiária, o presidente do Senado seguiu a mesma linha: “A regularização fundiária não pode ser a legitimação de grilagem de terras para latifundiários”.

“E esse projeto dos pesticidas é simples. Se for para aprimorar com tecnologia, se tornar mais eficiente o combate a pestes, auxiliando o agronegócio, menos nocivos ao meio ambiente e à vida humana, é lógico que vamos aprovar”, afirmou.

Retrocessos ambientais

Segundo Pacheco, durante o governo Bolsonaro, o Senado teve de agir como um “muro de contenção” em relação às pautas que poderiam representar um retrocesso institucional no combate ao desmatamento. Neste momento, porém, o presidente do Senado considerou que a pauta ambiental não pode se sobrepor ao desenvolvimento econômico e humano do País.

“No governo anterior, buscamos ser um muro de contenção em relação a retrocessos ambientais, nesse momento temos de chamar a responsabilidade dos envolvidos, pois não podemos permitir que interesses ambientais se sobreponham aos interesses de desenvolvimento econômico e humano do País, é plenamente possível conciliá-los”, declarou.

A fala de Pacheco se deu no 2023 Latin American Cities Conferences, realizado em Brasília nesta terça-feira. Além de Pacheco, também estiveram presentes os ministros Flávio Dino (Justiça) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).