03/08/2005 - 7:00
Nos anos 1960, um novo meio de transporte causou euforia entre a nata da sociedade americana fascinada por novas tecnologias. Fabricada na Alemanha, a novidade nada tinha a ver com BMW ou Mercedes. Era o Amphicar, um híbrido de carro e lancha, desenvolvido para superar os limites entre terra e água. Das quatro mil unidades produzidas na Europa (US$ 3300 de então), 90% foram exportadas para os EUA. O treco desembarcou na terra do Tio Sam com o estardalhaço da minissaia de Mary Quant. Com o tempo, contudo, sumiu do mapa e virou relíquia. Vive-se, hoje, uma nova onda destes veículos esquisitos por improváveis. A aposta agora é o luxo ? um modo de impor os anfíbios entre os endinheirados.
É o caso do TerraWind, um cruzamento de trailler com iate e ônibus. Na estrada é veloz: chega a 130 km por hora. Na água é valente: alcança 12 km por hora, o que não é ruim para modelos da família, e encara ondas de mais de um metro de altura. No interior, há o melhor de todos os mundos. Na suíte, cama king size. Na cozinha, geladeira, microondas, lava-louças e piso de mármore. No banheiro, jacuzzi com hidromassagem. Na ?proa?, sala de controle com localizador via satélite e mapas de navegação. ?Até agora vendemos dois modelos?, diz Julie Giljam, vice-presidente da Cool Amphibious Manufactures, a empresa que inventou o objeto não-identificado. Dois exemplares parece pouco, mas não é. Cada um deles custou US$ 1,8 milhão.