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NO INÍCIO DO MÊS, a joalheria americana Tiffany reuniu investidores de Wall Street para anunciar o novo plano de expansão da marca. Os executivos da empresa revelaram que pretendem abrir 70 lojas, com 200 metros quadrados cada uma, nas quais venderão jóias mais acessíveis, cujos preços variarão de US$ 100 a US$ 15 mil. Em se tratando da Tiffany, uma grife que atua no topo da pirâmide social, a notícia foi recebida com apreensão. Não foi, entretanto, o assunto que deixou os investidores mais intrigados. O que fez as ações da empresa americana saltarem mais de 10% em apenas uma semana foi a informação de que o grupo Louis Vuitton Moët Hennessy (LVMH) quer comprar a grife que encantou Audrey Hepburn no filme Breakfast at Tiffany?s (Bonequinha de Luxo). Poder de fogo é o que não falta para o conglomerado francês dono de mais de 50 marcas de luxo, com faturamento de 16,48 bilhões de euros em 2007 e lucro líquido de 2,02 bilhões de euros.

A Tiffany é uma das poucas marcas de alto luxo no mundo da joalheria que ainda não foi comprada por um grande grupo. Suas ações são negociadas na Bolsa de Nova York e não há qualquer dispositivo que a proteja de uma oferta hostil arquitetada por Bernard Arnault, o controlador do LVMH. O que pode fazer o grupo francês deixar a oferta de lado é, quem diria, os planos anunciados pela própria Tiffany de abrir lojas menores com produtos confeccionados em prata a preços mais acessíveis. Isso, para o LVMH, que não cogita atuar no chamado mercado médio, soa como heresia. Procurada pela DINHEIRO, a Tiffany, por meio de sua assessoria de imprensa, se limita a dizer que ?o formato oferecerá uma grande variedade de jóias e que certamente conquistará o cliente. As oportunidades de negócios representam grande potencial de vendas e longevidade para a nossa estratégia de expansão?. Sobre o LVMH? ?Não há comentários.?

 

NOVO MODELO: marca de jóias terá 70 novas lojas com até 200 m2 e venderá peças cujos preços variarão de US$ 100 a US$ 15 mil