19/10/2011 - 21:00
Filme
Depois de enfrentar protestos nas redes sociais e críticas da Secretaria da Igualdade Racial, a Caixa Econômica Federal tenta encerrar a polêmica em torno do filme “O Bruxo do Cosme Velho”, comercial que comemorava os 150 anos da instituição, em campanha criada pela agência BorghiErh/Lowe. Tudo porque o escritor Machado de Assis, que era mulato, foi interpretado por um ator branco. O equívoco levou o presidente da instituição, Jorge Hereda, a pedir desculpas à população. A nova versão da campanha foi ao ar na semana passada. Desta vez, um ator mulato interpreta o autor de obras-primas como “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Dom Casmurro”.
Vídeo
Você é o publicitário
Com uma campanha estrelada pelo ator Selton Mello, no YouTube, a fabricante americana de celulares e tablets Motorola pede a ajuda dos internautas para elaborar um comercial sobre três de seus lançamentos em 2011. “O objetivo é chamar a atenção para as funcionalidades dos aparelhos em filme de um minuto, com base nas sugestões dos consumidores”, diz Gabriela Viana, gerente de marketing da Motorola. Os candidatos precisam publicar um vídeo no site do Google e as melhores ideias serão usadas num filme publicitário. A meta é aumentar as vendas em 30%.
Mídia
Desconectados
Pesquisa em 18 países, inclusive o Brasil, da consultoria americana Accenture mostra que 91% de 130 executivos tomadores de decisão do setor de mídia ainda não aproveitam informações sobre o perfil dos consumidores para viabilizar a entrega de conteúdos personalizados. “O público de hoje não quer mais o conteúdo de massa”, diz Marcelo Fortes, da filial brasileira.
Campanha
Mulher no volante
As mulheres já respondem por 70% das decisões de compras de veículos. Com o dado em mãos, a Petrobras Distribuidora criou um site (www.br.com.br/decarona) para incentivar as clientes a responder à pergunta: “Por que mulher dirige bonito?” As melhores respostas ganham um aparelho de GPS. Outras ações de aproximação ocorreram em 2011, segundo a agência W3haus, responsável pela promoção.
Marketing
Não se reprima
Imagine dançar Não se reprima, da extinta banda Menudos, de topless, em pleno viaduto Santa Ifigênia, no centro de São Paulo. É o que pretendem fazer as gêmeas do nado sincronizado, Bia e Branca Feres, nesta semana, durante uma ação de marketing da Trident. Para tristeza dos marmanjos, ninguém verá nada. As gêmeas vão estar em um túnel espelhado que permitirá a quem está dentro ver a multidão do lado de fora, sem ser visto.
Bate-papo
Fernando Trevisan, diretor-geral da Trevisan Escola de Negócios
Saiba quais são os riscos e benefícios de patrocinar eventos esportivos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos:
Quais são os riscos para quem associa sua marca à Copa do Mundo ou aos Jogos Olímpicos?
O maior risco é para a marca Brasil. O País tem de atender bem os mais de 600 mil turistas que são aguardados, oferecendo acomodação, transporte e comunicação adequados. Caso isso não aconteça, as repercussões negativas vão se fazer sentir por muitos anos. Hoje, pelo que temos acompanhado dos preparativos, diria que a luz é amarela.
Quais são os riscos para a iniciativa privada?
Vincular sua marca a um evento que deixou a desejar gera ônus, mesmo que a responsabilidade não seja sua. No caso de uma Olimpíada, as marcas ficam ainda mais expostas porque são vinculadas ao desempenho do atleta ou à modalidade que patrocinam.
Os benefícios compensam esses riscos?
Sem dúvida. Só na Copa da África do Sul foram mais de 37 mil horas de transmissão esportiva. Nenhum outro evento global proporciona tanta exposição. E o esporte é o único a oferecer uma exposição vinculada a valores muito positivos como saúde e qualidade de vida.
Colaborou Eliane Sobral