Por Mimosa Spencer e Juliette Jabkhiro e Layli Foroudi

PARIS (Reuters) – O presidente francês Emmanuel Macron derrotou sua rival de extrema-direita Marine Le Pen nas eleições deste domingo por uma margem confortável, mostraram projeções iniciais de pesquisas, garantindo um segundo mandato e evitando o que teria sido um possível terremoto político.

As primeiras projeções mostravam Macron com cerca de 57%-58% dos votos. Essas estimativas são normalmente confiáveis, mas podem ser ajustadas à medida que os resultados oficiais chegam de todo o país.

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Gritos de alegria explodiram quando os resultados das pesquisas apareceram numa tela gigante no parque Champ de Mars, ao pé da Torre Eiffel, onde apoiadores de Macron aplaudiam, agitando bandeiras da França e da União Europeia. Pessoas começaram a se abraçar e a gritar “Macron”.

Em contraste, uma reunião de apoiadores de Le Pen explodiu em vaias ao ouvir a notícia em um amplo salão de festas nos arredores de Paris.

As pesquisas de Ifop, Elabe, OpinionWay e Ipsos projetavam vitória com porcentagens de 57,6% a 58,2% para Macron.

A vitória do centrista e pró-União Europeia Macron seria comemorada por aliados como um alívio para a política mais convencional e tradicional da França, que foi abalada nos últimos anos pela saída do Reino Unido da União Europeia, a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, em 2016, e a ascensão de uma nova geração de líderes nacionalistas.

Macron se juntará, se confirmada a vitória, a um pequeno clube –apenas dois presidentes franceses antes dele conseguiram garantir um segundo mandato. Mas sua margem de vitória parece ser mais apertada do que quando derrotou Le Pen pela primeira vez, em 2017, destacando que muitos franceses não se impressionaram com ele e seu histórico político doméstico.

Essa desilusão se reflete nos números de participação, com os principais institutos de pesquisa da França dizendo que a taxa de abstenção provavelmente se estabelecerá em torno de 28%, a mais alta desde 1969.

Tendo como pano de fundo a invasão da Ucrânia pela Rússia e as subsequentes sanções ocidentais que exacerbaram um salto nos preços dos combustíveis, a campanha de Le Pen se concentrou no aumento do custo de vida como o ponto fraco de Macron.

Enquanto isso, Macron apontou para a admiração passada da rival pelo russo Vladimir Putin como uma demonstração de que ela não podia ser confiável no cenário mundial, enquanto insistia que ela ainda nutria planos de retirar a França da União Europeia –algo que ela negou.

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