28/07/2020 - 11:06
A região de Madri anunciou, nesta terça-feira (28), novas medidas para conter os surtos do coronavírus, como reforçar o uso obrigatório de máscaras ou a limitação das reuniões de mais de dez pessoas.
Este anúncio ocorre após o aumento do número de casos na Espanha, levando França e Alemanha a desencorajarem as viagens para as regiões mais afetadas do país, e ao Reino Unido a impor uma quarentena aos viajantes que chegam da Espanha.
“Agora, o objetivo é, acima de tudo, não nos confinar novamente”, declarou à imprensa a presidente da comunidade de Madri, Isabel Díaz Ayuso.
Seu governo, seguindo as quase todas 17 regiões espanholas, decidiu impor o uso obrigatório de máscara na rua e “nos terraços”, mesmo quando for possível manter uma distância de segurança de 1,5 metros.
A máscara já era obrigatória em todo o país para os maiores de seis anos quando essa distância não podia ser cumprida, mas todas as regiões, exceto Canarias, decidiram ampliar essa imposição.
Por outro lado, o governo de Madri limitará as reuniões para dez pessoas em espaços de uso público como restaurantes e terraços e pediu para que o mesmo seja feito também dentro de casa.
Além disso, terraços, casas de show e locais de entretenimento deverão fechar às 1h30 da noite e guardar um registro de seus clientes para que possam ser localizados rapidamente caso haja um surto da doença no estabelecimento.
A região de Madri, epicentro da epidemia na Espanha em março, se vê menos afetada pelos surtos do que a Catalunha ou Aragão (nordeste). Ainda assim, seu governo decidiu manter duas enfermarias em um parque de diversões que funcionou como hospital de campanha entre março e abril.
A Espanha, que contabiliza oficialmente mais de 28.400 mortos pela pandemia, vivencia um rebote de casos nas últimas semanas.
A França recomendou a seus cidadãos, na sexta-feira, que evitem se deslocar para a Catalunha. A Alemanha desaconselhou nesta terça as viagens “não essenciais” para Aragão, Navarra e também Catalunha.
Londres, por sua vez, estabeleceu uma quarentena de duas semanas para todos os viajantes procedentes da Espanha, uma medida criticada pelo chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, que defendeu que regiões espanholas como os arquipélagos de Baleares ou Canárias são “mais seguros do que o Reino Unido”.