Por Bate Felix e Ngouda Dione

TIVAOUANE, Senegal (Reuters) – A mãe de Diali Kaba a acordou na manhã de quinta-feira com uma notícia aterrorizante: houve um incêndio no hospital em sua cidade no Senegal onde a filha de duas semanas de Kaba estava sendo cuidada, e 11 bebês morreram.

As duas mulheres correram para o hospital juntas e Kaba foi autorizada a entrar para descobrir se sua filha estava entre as vítimas, enquanto sua mãe Ndeye Absa Gueye esperava ansiosamente do lado de fora.

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Gueye disse que ouviu falar do incêndio no hospital Mame Abdou Aziz Sy Dabakh na noite de quarta-feira, mas não soube imediatamente que havia ocorrido dentro do departamento neonatal. A notícia chegou a ela na quinta-feira, causando terror em seu coração.

“Tenho minha neta aqui, ela está aqui há duas semanas. Vim ver se ela é uma delas”, afirmou.

Alguns minutos depois, Kaba saiu em lágrimas. Seu bebê estava entre os mortos. As duas se abraçaram, ambas chorando, até que Kaba foi ajudada a entrar em um carro e levada para casa em luto.

Tivaouane, localizada a cerca de 120 km a leste da capital do Senegal, Dacar, é um movimentado centro de transporte rodoviário e cidade sagrada que atrai regularmente um grande número de peregrinos muçulmanos de todo o país da África Ocidental.

A cidade acordou com as notícias chocantes das 11 mortes de bebês, que foram confirmadas na noite de quarta-feira pelo presidente Macky Sall.

“Todos nós compartilhamos essa dor”, disse o morador Ousmane Kane. “Elas (as mães) sofreram com a esperança de que seus bebês vivessem. Mas temos que aceitar a vontade de Alá. Ele lhes deu bebês e os levou de volta. Todo Senegal está de luto.”

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