A vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, afirmou que o banco deve começar a permitir o uso das parcelas futuras do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para os financiamentos do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) no segundo semestre. Segundo ela, só faltam ajustes de sistema do próprio banco.

A medida foi autorizada pelo Conselho Curador do FGTS no ano passado, ainda no governo Jair Bolsonaro, e permite que trabalhadores de baixa renda possam usar depósitos futuros no fundo para amortizar ou liquidar dívidas imobiliárias no MCMV.

“Vai ser regulamentado e é importante para melhorar as condições de acesso ao programa de famílias de renda de R$ 2 mil a R$ 2,6 mil. Pode ser a linha divisória entre acessar um recurso suficiente ou não. Não vamos incorporar na margem de acesso ao crédito, mas diminui a prestação das famílias. Pode ser um diferencial muito importante.”

Magalhães refutou que a medida seja arriscada, considerando uma possível demissão do trabalhador, caso em que as parcelas futuras do FGTS não se concretizariam. Isso porque essa saldo não seria considerado na análise de crédito e não estaria vinculada ao “FGTS futuro”. “Tem o objetivo de diminuir a prestação, mas não incorporo na análise de risco.”