O Magalu Games, braço de jogos virtuais do Magazine Luiza, anunciou sua chegada às plataformas nesta quarta-feira, 24. Os três primeiros títulos da marca estão disponíveis de forma gratuita nas lojas de aplicativo para iOs e Android. Com foco inicial no segmento mobile, o plano é explorar as sinergias com o ecossistema da companhia, incluindo o SuperApp de e-commerce, produtos financeiros (Magalu Pay) e plataforma de anúncios (Magalu Ads).

O selo Magalu Games se integra com diferentes segmentos de negócios do grupo, segundo o diretor do Luizalabs, Thiago Catoto. “Podemos aproveitar os jogos para levar mais audiência para o SuperApp, por exemplo, assim como explorar o potencial de publicidade deles”, diz.

Um dos próximos passos da estratégia é incluir um espaço para games em seu aplicativo de e-commerce, além de colocar sua plataforma de publicidade, o Magalu Ads, dentro dos jogos. O resgate de cupons de desconto para compras no aplicativo, assim como ofertas de cashback, são outras alternativas de integração citadas pelo executivo. Os planos incluem ainda o fornecimento de serviços financeiros para estúdios de games, com oferta de crédito, por exemplo.

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Para explorar esse potencial, os três jogos inaugurais da marca se enquadram na categoria chamada de hipercasual. “São games simples e acessíveis para todos, o que nos permite explorar o grande público das marcas já existentes”, explica o gerente do Magalu Games, André Jarussi, ao falar sobre os títulos lançados hoje: Orbits Conqueror, Speed Box e o Death Trap Nite.

O modelo de negócios seguirá o formato já conhecido no mercado, com monetização por meio de anúncios e transações dentro dos jogos. Catoto destacou que, por se tratar de uma companhia de capital aberto, não é possível divulgar projeções sobre as expectativas de receita ou investimentos previstos, por exemplo.

Mundo gamer

Inicialmente, o Magalu Games atua como um publicador dos jogos. De olho na expansão, a criação de um estúdio próprio já está em andamento, segundo Catoto. No entanto, ainda não há uma previsão para o início do funcionamento das atividades. Enquanto isso, o desenvolvimento tem sido feito em parceria com estúdios de diferentes regiões do Brasil. No final do ano passado, a varejista investiu R$ 100 mil nessas empresas por meio de editais. Ao longo desse ano, realizou aportes adicionais, cujos valores não foram divulgados.

A produção de jogos de maior complexidade também está no radar da empresa. “É um movimento natural começar com games de desenvolvimento de curta duração e depois evoluir para os de maior complexidade”, afirma Catoto. Isso inclui também jogos voltados para outros dispositivos, como consoles e computadores.

Desde 2021, o Magalu tem apostado no mundo gamer. A compra do Jovem Nerd – principal produtora brasileira de conteúdo para o público geek – foi um dos principais movimentos nessa área. Em julho do ano passado, a varejista anunciou a aquisição do KaBuM!, o principal e-commerce de tecnologia. Já a união da NSE, braço de e-sports da Netshoes, com a e-Flix, empresa de gestão de times de e-sports, deu origem à Netshoes Miners, que tem equipes de FIFA e Free Fire.