O magnata russo Oleg Tinkov disse que foi obrigado a vender sua participação no banco criado por ele, o Tinkoff Bank, após ter criticado a invasão da Ucrânia pela Rússia em um post no Instagram.

Tinkov disse ao jornal New York Times que um dia após escrever em sua rede social sobre a guerra, os executivos do banco foram ameaçados de nacionalização pelo governo de Vladimir Putin, caso não houvesse um rompimento com seu fundador.

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Ainda segundo Tinkov, ele foi obrigado a vender os 35% de sua participação na TCS Group Holdings – proprietária do Tinkoff Bank – pelo valor oferecido e sem direito a negociação.

Comprador é aliado de Putin

Quem comprou a participação de Tinkov foi o grupo Interros, de propriedade do homem mais rico da Rússia e aliado de Puttin, Vladimir Potanin. O valor da negociação não foi revelado.

Na ocasião da venda, Tinkov disse que estava se retirando dos negócios para dedicar mais tempo a sua saúde e a sua família. Em 2020, ele já havia se afastado da presidência do Tinkoff Bank após ser diagnosticado com leucemia.

Após ser avisado por amigos que corria risco de vida, Tinkov contratou uma equipe de seguranças e não revela o local onde está vivendo. Ele ainda afirma que o medo de represálias não é uma exclusividade sua, já que outros empresários russos enfrentam o mesmo temor.