A Al Azhar, uma das instituições mais prestigiosas do Islã sunita, com sede no Egito, pediu nesta quarta-feira aos muçulmanos que ignorem os novos desenhos que representam o profeta Maomé na revista francesa Charlie Hebdo.

Uma semana depois do ataque jihadista que matou a maioria de seus jornalistas, o novo número da revista, chamado de “a edição dos sobreviventes”, saiu às bancas com uma capa que mostra Maomé chorando e exibindo um cartaz com a simbólica frase “Je suis Charlie”.

Os primeiros exemplares se esgotaram rapidamente.

“Al Azhar pede a todos os muçulmanos que ignorem esta odiosa frivolidade”, afirmou a instituição em um comunicado.

“A estatura do profeta da misericórdia é maior e mais nobre que o fato de se ver ofuscado por desenhos que não respeitam nenhuma moral ou norma de civilização”, acrescentou.

O centro de pesquisas islâmicas Al Azhar considerou na véspera que a publicação dessas charges é “insultante para com o profeta” e vai “atiçar o ódio”.