09/03/2016 - 0:00
Qual a origem do dinheiro dos bilionários do mundo? Essa foi a pergunta básica de um estudo realizado pelo Peterson Institute for International Economics, assinado por Caroline Freund e Sarah Oliver.
Com base no banco de dados de bilionários da revista americana Forbes, a conclusão é que 70% criaram seus negócios do zero, os chamados “self-made men”. Apenas 30% herdaram suas fortunas.
No Brasil, segundo a pesquisa, 52,3% dos bilionários são considerados “self-made men”, como Jorge Paulo Lemann, o mais rico do País, com uma fortuna estimada em US$ 27,8 bilhões, segundo a lista da Forbes. Em contraposição, 47,7% fazem parte do clube dos super-ricos porque herdaram suas fortunas.
Os dados usados nessa pesquisa referem-se à lista da Forbes de 2014, quando a economia brasileira ainda não sentia totalmente os efeitos da crise econômica que assolou o País a partir de 2015.
O estudo americano classifica os “self-made men” como fundadores, donos ou executivos, com conexões políticas e do setor financeiro.
Do universo de bilionários brasileiros que criaram seus negócios do zero, 21,5% são fundadores; 7,7% donos ou executivos; 4,6% contam com conexões políticas; e 18,5% são do setor financeiro.
O Brasil perdeu 23 bilionários na lista da Forbes deste ano, ficando 31 integrantes no clube dos homens mais ricos do mundo.
Na lista dos brasileiros que deixaram o clube do bilhão, está o empresário Rubens Ometto, da Cosan; Antônio Luiz Seabra, um dos fundadores da Natura; e Michael Klein, filho do fundador da Casas Bahia.