01/12/2015 - 14:49
A onda de violência entre israelenses e palestinos fez mais de 120 mortes em dois meses e não mostra sinais de diminuir com dois novos ataques a faca nesta terça-feira.
Dois palestinos com menos de 20 anos tentaram esfaquear israelenses na Cisjordânia, ocupada por Israel, e foram mortos pelas forças israelenses, segundo o Exército israelense.
Um deles, um jovem de 16 anos, tentou atacar um pedestre perto de um posto de gasolina próximo ao bloco de assentamentos israelenses de Gush Etzion, ao sul de Jerusalém.
Já uma palestina de 19 anos tentou atacar com uma faca um soldado israelense perto do assentamento de Enav, entre Tulkarem e Nablus, no norte da Cisjordânia, informou o exército. O soldado a matou a tiros.
Esta estudante de Nablus havia sido libertada da prisão há um ano e meio depois de dois anos de detenção por uma tentativa semelhante, segundo a polícia palestina.
Israel, Jerusalém e os territórios palestinos são palco de uma série de ataques anti-israelenses, a maioria cometidos com facas por palestinos, e de confrontos entre jovens palestinos e soldados israelenses.
Desde 1º de outubro, 103 palestinos (incluindo um árabe israelense) foram mortos, de acordo com uma contagem da AFP. Do outro lado, 17 israelenses, um americano e um eritreu morreram.
Esta onda de tensões ocorre em um contexto de estagnação do processo político para solucionar o conflito árabe-israelense, que remonta há décadas.
Apesar do aperto de mãos na segunda-feira na conferência do clima em Paris, a primeira em muito tempo, entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, persistem profundas divisões.
O primeiro-ministro israelense descreveu o cumprimento como parte do protocolo.
Abbas, por sua vez, reiterou que era inútil “perder mais tempo com negociações com os israelenses”. “Nossa última chance de alcançar uma solução de dois Estados e fazer a paz uma realidade está passando”, alertou.