Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (13), mostrou que mais de 4.500 profissionais de saúde morreram entre março de 2020 e dezembro de 2021 por Covid-19 no Brasil. Desse número, que engloba a saúde pública e privada, 80% eram mulheres.

O estudo utiliza dados de fontes oficiais e foi feito pela Lagom Data para a Public Services International (PSI), fazendo parte da campanha “Behind the Mask” (Por trás da máscara, em português), que será apresentada pela entidade sindical global para a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

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Essa campanha aborda os impactos da pandemia entre os profissionais de saúde em países como o Brasil, Zimbábue, Paquistão e Tunísia, locais onde houve, segundo a PSI, resistência dos governos em lutarem contra a Covid-19.

Os números

O levantamento mostrou que a maioria das mortes ocorreu entre os profissionais que atuavam junto aos pacientes, sendo que 70% das vítimas eram técnicos e auxiliares de enfermagem, seguidos de enfermeiros, com 25% das fatalidades; e médicos, que foram 5% dos óbitos.

Além da maioria das mortes estarem concentradas entre os trabalhadores com menores salários, a pesquisa ainda mostrou que 80% das mortes ocorreram entre mulheres, já que a maior parte da força de trabalho no setor é composta pelo sexo feminino.

Crescimento acelerado e eficácia da vacinação

Os dados também mostraram que as mortes entre os profissionais de saúde brasileiros cresceu mais rapidamente do que na população em geral. Entre os meses de março e junho de 2021, os meses com mais óbitos para o setor, ocorreram mais mortes do que em todo o ano de 2020.

O estudo ainda comprovou a importância das vacinas. Como os profissionais de saúde foram os primeiros a serem vacinados, assim que a imunização foi completada o número de óbito entre eles passou a ficar abaixo da média vista nos demais brasileiros.