O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou, em entrevista coletiva, que o número de casos de varíola dos macacos no mundo já chega a 9.200 e a doença já se disseminou por um total de 63 países.

De acordo com a organização, o comitê de emergência para combate à varíola dos macacos irá se reunir na próxima semana para avaliar estatísticas, locais onde ocorrem surtos e quão eficazes estão sendo as medidas para conter a disseminação da doença, assim como fazer recomendações para os países sobre como se proteger.

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No Brasil, dados mais recentes contabilizados pela Agência Brasil, com base em informações divulgadas pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, apontam um total de 219 casos confirmados da doença. O Estado de São Paulo é o que mais sofre com a doença, com 158 casos. Em seguida aparece o Rio de Janeiro, que já confirmou 34 casos da doença.

A transmissão da varíola dos macacos, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), ocorre, de maneira primária, por contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou mucosas de animais infectados. Já na transmissão secundária, o contágio ocorre com o contato com secreções de pessoas já infectadas ou com lesões na pele, podendo ocorrer mesmo por objetos contaminados recentemente com fluidos de pessoas infectadas.

Pesquisas médicas tanto no Brasil quando no exterior apontam que membros da comunidade LGBTQIA+ têm maior risco de contrair a doença, sobretudo no caso de homens gays ou bissexuais.