Nem o dilúvio das últimas semanas e nem o fim dos incentivos fiscais ao setor de microprodução de energia solar têm tirado o brilho do setor de geração de eletricidade com a força do sol.

As placas fotovoltaicas se tornaram, em dezembro, a segunda maior da matriz elétrica brasileira, com 23,9 gigawatts (GW) de potência instalada.

Com isso, ultrapassou a fonte a eólica, com 23,8 GW. Ficou atrás apenas da fonte hídrica, que possui hoje 109,7 GW, segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Os 23,9 gigawatts (GW) incluem a somatória das grandes usinas e dos pequenos e médios sistemas de geração própria em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.

Segundo o presidente da associação, Rodrigo Sauaia, desde 2012 a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 120,8 bilhões em novos investimentos, gerou mais de 705 mil empregos e proporcionou R$ 38 bilhões em arrecadação para os cofres públicos.

Com isso, também evitou a emissão de 33,3 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. “A energia solar ajuda a diversificar a matriz elétrica, a aumentar a segurança de suprimento e a proteger a população contra mais aumentos na conta de luz”, disse. Até 2050, a energia fotovoltaica será a líder na matriz brasileira, segundo projeção da Bloomberg New Energy Finance (BNEF).

(Nota publicada na edição 1306 da Revista Dinheiro)