Diante do agravamento da pandemia de covid-19 no estado do Rio de Janeiro, o Museu de Arte do Rio (MAR), o Museu do Amanhã e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) decidiram fechar as portas por três semanas a partir de amanhã (22).

Uma nota conjunta assinada pelos diretores dos três museus e publicada nas redes sociais ontem (20) afirma que a medida busca preservar a saúde dos colaboradores e do público e defende que medidas drásticas como o fechamento deveriam ser coordenadas por autoridades públicas.

“Entretanto, como instituições culturais com responsabilidade pública e social, que prezam o conhecimento, a ciência e a vida, não podemos nos omitir de tomar as decisões que nos parecem corretas e necessárias neste grave momento da história do país”, diz o texto, assinado pelo diretor e chefe da Representação da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) no Brasil, gestora do Museu de Arte do Rio, Raphael Callou, pelo diretor executivo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Fabio Szwarcwald e pelo diretor presidente do Museu do Amanhã, Ricardo Piquet.

Os museus citam “uma vertiginosa escalada do número de casos da doença nos últimos dias” e “o iminente colapso” dos sistemas de saúde público e privado, enquanto “a imunização segue ao ritmo de conta-gotas, pela conhecida escassez nacional de vacinas”. “O momento exige coragem e bom senso”, afirma o texto.

Isolamento social

O agravamento da pandemia no estado do Rio de Janeiro levou o governador em exercício, Claudio Castro, a proibir a permanência de pessoas em áreas públicas em todo o estado entre 23h e 5h. Neste fim de semana, Castro discute com empresários e prefeitos a antecipação de feriados de abril para março, com o objetivo de reduzir a circulação de pessoas.

O estado atravessa um momento em que aumenta de forma constante a ocupação de leitos de terapia intensiva no Sistema Único de Saúde voltados para pacientes contra covid-19. Segundo o painel de monitoramento do governo do estado, o percentual chegou a 85% ontem, sendo ainda maior na capital, onde atingiu 93% dos 669 leitos disponíveis para pessoas em estado grave.