A Odebrecht Ambiental (hoje BRK Ambiental), comprada pela Brookfield por quase US$ 1 bilhão, em 2016, não era o primeiro alvo de aquisição. O ativo foi oferecido pela Odebrecht e chamou a atenção pelos fortes números de geração de caixa. O que se viu depois foi uma verdadeira maratona para fechar o negócio. Um termo de exclusividade de compra foi fechado com prazo de 90 dias. Foi esse o período que os cerca de 30 representantes do fundo de investimento tiveram para visitar, in loco, 180 operações de água e esgoto por todo o Brasil. O desafio era garantir que não haveria contágio posterior das delações que citavam a empresa. Luiz Maia, sócio-diretor da Brookfield, admitiu que a gestora dificilmente repetiria uma transação com tamanha complexidade. “Deu muito stress”, afirmou.

(Nota publicada na Edição 1021 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Gabriel Baldocchi, Márcio Kroehn e Moacir Drska)