O coordenador do programa de governo da campanha de Ciro Gomes (PDT), Nelson Marconi, defendeu nesta quarta-feira, 8, a realização das reformas fiscal, tributária e da Previdência.

“A nossa reforma tributária propõe que a carga tributária seja menor sobre pessoas jurídicas e maior sobre pessoas físicas, sobretudo os mais ricos. Também defendemos a revogação do Teto de Gastos, que não controlou despesas e reduziu o Estado”, afirmou, em debate promovido pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE).

Marconi repetiu que o governo de Ciro buscará zerar o déficit primário em dois anos e defendeu a redução da taxa básica de juros Selic. “Temos que ter um teto para a dívida, buscando preservar investimentos, e as áreas de saúde e educação”, afirmou. “Com reforma fiscal e a redução dos juros, teremos câmbio competitivo para a indústria”, completou.

Além disso, ele citou a necessidade de outras medidas, voltadas para a política industrial e a área de infraestrutura. Marconi disse que a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) voltará a ser a taxa referencial dos empréstimos do BNDES no governo do BNDES. “Queremos retomar protagonismo do BNDES nos financiamentos e alguns setores são considerados prioritários, como defesa, saúde, agronegócio e energia”, adiantou. “Vamos estimular setor da construção num primeiro momento para impulsionar emprego”, acrescentou.

O economista apontou erros na administração das questões fiscal, de juros e câmbio. Segundo Marconi, o Brasil deixou de crescer por causa da regressão da estrutura produtiva do País, que passou por um processo de desindustrialização. “Erros sucessivos na gestão da política econômica levaram a essa situação, apesar de alguns acertos como o controle da inflação”, avaliou. “O Brasil precisa ter uma estratégia nacional de desenvolvimento de longo prazo e nosso plano está desenhado a partir desse princípio”, concluiu.