17/07/2018 - 11:37
A presidente do Goldman Sachs no Brasil, Maria Silvia Bastos Marques, defendeu a melhora da produtividade como uma das questões fundamentais para o crescimento sustentado do País, durante debate na cerimônia de premiação da segunda edição do Finanças Mais. “Muito se fala das reformas, mas o Brasil só vai crescer de forma sustentada se houver melhora da produtividade”, afirmou.
Maria Silvia classificou como um “desastre” os indicadores de produtividade do Brasil em comparação a outros países e afirmou ser premente a melhora do ambiente de negócios no País. “Precisamos fazer a agenda microeconômica e a produtividade é um ponto muito relevante. A forma de melhorá-la é utilizar de modo eficiente o conjunto de fatores”, comentou.
A principal executiva do Goldman Sachs defendeu ainda o teto de gastos, frisando que se trata de um instrumento de disciplina orçamentária. “Hoje temos de fazer um ajuste fiscal para ter espaço para uma agenda de crescimento. Fomos acostumando a acumular ineficiência, disfarçada pela inflação”, disse. Nesse sentido, ela avalia que os incentivos deveriam ser direcionados à inovação e educação.
O Brasil havia construído um ativo de responsabilidade fiscal que foi destruído e “que demorará muito para voltar ao que era, se começarmos agora”, frisou. Segundo ela, hoje a população aprendeu a importância de ter uma inflação baixa. “A inflação baixa se tornou um ativo da população.”
Maria Silvia destacou ainda a necessidade de a população conhecer de fato os problemas do País, lembrando de quando era executiva da CSN e comandava um programa de debates no chão de fábrica. “O Brasil precisa ter prioridades claras e a verdade deve ser dita a população.”
A executiva falou também sobre sua ida para o Goldman Sachs, citando que a instituição está em um momento de crescimento. “Queremos ter uma cara local e estamos com time completo e bastante animado”, afirmou.