Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) – A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu nesta quinta-feira que uma segunda etapa da reestruturação do sistema tributário do país adote instrumentos que estimulem a economia de baixo carbono.

Para a ministra, que participou nesta quinta do evento Brazil Investment Forum do Bradesco BBI, a ideia é que uma eventual segunda fase da reforma possa ajudar na transição do país para a economia de baixo carbono.

“Numa segunda fase da reforma tributária teremos de pensar nos mecanismos para uma transição a uma economia de baixo carbono”, afirmou.

De acordo com Marina, a pasta trabalha com a ideia de consolidar o Brasil como player em um mercado de carbono regulado, apesar dos apelos para que o país entre na modalidade como voluntário. Segundo ela, o Brasil quer estar entre os “top 10” do mundo no mercado de carbono.

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A ministra aproveitou para adiantar que o ministério pretende lançar já em maio a retomada do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDam).

Abandonado durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o plano passa por uma reestruturação sob o comando de Marina para o relançamento.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu seu terceiro mandato sob a promessa de garantir que a sustentabilidade sirva como uma das bases para a tomada de decisões no governo.

Marina também relatou ter sugerido ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, transformar o Plano Safra em um programa de agricultura de baixo carbono, com um cronograma.

Afirmou, ainda, que a pasta trabalha na ampliação das concessões florestais para áreas degradadas em território público.

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