O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira, 12, que a reforma trabalhista aprovada em 2017 trouxe “perversidade”, mas defendeu que haja diálogo sobre eventuais mudanças na legislação. “Não somos o governo do canetaço, do revogaço, queremos resolver no diálogo”, disse. “É uma perversidade, uma desregulação, um processo de enfraquecimento da formalização do trabalho. Portanto, um incentivo para o trabalho informal, chegando a provocar, eu acho que tem a ver, o trabalho crescente análogo à escravidão”, criticou o ministro, ao citar a terceirização.

Marinho disse que a comissão tripartite criada por ele no Ministério para discutir a reforma trabalhista tem a tarefa de pensar na retomada da negociação coletiva nas relações de trabalho, em contraposição à negociação individual incentivada pela legislação aprovada no governo Temer.

“Precisamos retomar o papel de fortalecimento do sindicato”, defendeu o ministro, que participou nesta quarta-feira de audiência na Comissão do Trabalho da Câmara.