29/05/2025 - 13:37
Com a ocupação e a renda fortes, a massa de salários em circulação na economia renovou novo patamar recorde no trimestre encerrado em abril, totalizando R$ 349,355 bilhões. O rendimento médio de quem está trabalhando permaneceu também rondando os maiores patamares da série histórica iniciada em 2012. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado da massa de renda significou um aumento de R$ 19,468 bilhões no período de um ano, alta de 5,9% no trimestre encerrado em abril de 2025 ante o trimestre terminado em abril de 2024. Na comparação com o trimestre terminado em janeiro de 2025, a massa de renda real cresceu 0,8% no trimestre terminado em abril, R$ 2,627 bilhões a mais.
Segundo William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE, a renda média permanece rodando picos históricos, impulsionada pelo próprio aquecimento do mercado de trabalho, que reduz a disponibilidade de mão de obra qualificada.
“A carteira assinada cresceu, aumentando a média de rendimento. A taxa de desocupação está baixa, a subutilização do mercado de trabalho está diminuindo”, lembrou Kratochwill. “Significa que os melhores já estão sendo contratados. Se você quer contratar pessoas boas, você tem que dar melhores condições ou melhores salários. Como consequência, a carteira assinada pode ter aumentado.”
O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma alta real de 0,4% na comparação com o trimestre até janeiro, R$ 12 a mais, para R$ 3.426. Em relação ao trimestre encerrado em abril de 2024, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 3,2%, R$ 107 a mais.
A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, cresceu 2,5% no trimestre terminado em abril ante o trimestre encerrado em janeiro. Já na comparação com o trimestre terminado em abril de 2024, houve elevação de 8,7% na renda média nominal.