17/03/2023 - 11:57
A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 29,156 bilhões no período de um ano, para R$ 275,134 bilhões, uma alta de 11,9% no trimestre encerrado em janeiro de 2023 ante o trimestre terminado em janeiro de 2022. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com o trimestre terminado em outubro de 2022, a massa de renda real subiu 0,8% no trimestre terminado em janeiro, com R$ 2,156 bilhões a mais.
A massa de renda em circulação na economia foi a maior da série histórica comparável. Considerando todos os trimestres móveis da série iniciada em 2012, a massa foi a terceira maior.
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“Por mais que eu tenha perdido um pouco da população ocupada, as pessoas que permaneceram na ocupação estão ganhando mais, mais do que ocorria no trimestre anterior. Então, mesmo diante de uma perda de contingente no trimestre, o que se ganhou em termos de rendimento foi suficiente para se chegara esse valor”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Embora a expansão na massa de renda em um trimestre não tenha sido estatisticamente significativa, por ter ficado dentro da margem de erro da pesquisa, Adriana Beringuy lembra que, na comparação anual, a massa cresce sucessivamente, seja por conta da expansão da ocupação como dos rendimentos.
O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma elevação real de 1,6% na comparação com o trimestre até outubro de 2022, R$ 46 a mais, para R$ 2.835.
Em relação ao trimestre encerrado em janeiro de 2022, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 7,7%, R$ 202 a mais.
O crescimento do rendimento médio real está relacionado à trégua da inflação registrada nos últimos meses, que proporciona ganhos reais, mas também à melhora na composição da ocupação, com manutenção de vagas carteira assinada no setor privado e uma dispensa de trabalhadores temporários com menores remunerações no setor público, o que tende a elevar o rendimento médio, apontou Adriana Beringuy. “Além da questão da inflação, tem a manutenção de carteira de trabalho, são trabalhadores mais bem remunerados”, lembrou. “A própria queda na ocupação dentro da administração pública, seguridade, educação e saúde é uma perda mais daqueles trabalhadores temporários, que são os rendimentos menores”, explicou.
A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, cresceu 2,9% no trimestre terminado em janeiro ante o trimestre encerrado em outubro. Já na comparação com o trimestre terminado em janeiro de 2022, houve elevação de 13,9% na renda média nominal.