19/11/2018 - 12:16
O Estado com maior taxa de novatos foi o pouco populoso Mato Grosso, onde cinco dos oito eleitos (63%) para a Câmara dos Deputados não têm experiência prévia em cargos obtidos pelo voto. O destaque, porém, é o segundo colocado na lista: o Rio de Janeiro. Terceiro maior colégio eleitoral do País e berço político de Jair Bolsonaro, o Rio terá 52% de parlamentares novatos.
O PSL foi quem melhor aproveitou o espaço aberto nas terras fluminenses após o colapso das forças que dominaram o Estado nas últimas duas décadas. Elegeu 12 dos 46 deputados.
Mais votado para a Câmara, Hélio Lopes, conhecido como “Hélio Negão”, era “Hélio Bolsonaro” na urna – ele obteve 345,2 mil votos e foi o único a ter Bolsonaro como doador oficial da campanha. Dos R$ 78,7 mil que gastou, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, R$ 45 mil foram contribuição do então candidato a presidente.
Hélio, que tem aparecido atrás de Bolsonaro em quase todos os pronunciamentos e entrevistas do presidente eleito, chegou a concorrer a vereador pelo PSC em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em 2016. Obteve menos de 500 votos e não se elegeu. “Você vai ser o meu cara no Parlamento”, disse Bolsonaro num vídeo compartilhado por Hélio após a vitória do presidenciável no segundo turno.
A unidade da Federação que mais elegeu veteranos, em termos proporcionais, foi a Paraíba. Lá, 11 dos 12 escolhidos para a Câmara já ocuparam algum cargo eletivo antes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.